quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Back in the days

Estes são períodos conturbados. O estudo, a pressão e a responsabilidade são como monstros que nos devoram e que nos mantêm em baixo quando tudo o que precisamos é de ir acima e respirar.

Isto tudo relembrou-me de um poema que alguém escreveu...

"Antigamente... Tinha amigos que sentia mesmo amizade, hoje em dia tenho amigos com quem não me sinto à vontade.
Antigamente... Apaixonava-me por gostarem de mim, hoje se me apaixonar deito um foguete por ti.
Antigamente... Eu não pensava em necessitar de dinheiro, hoje em dia eu não penso, eu preciso e desejo.
Antigamente... Só brincar, a pensar que a vida é bela. Hoje em dia brinco à mesma, mas a vida é naquela.
Antigamente... Eu pensava que os adultos não mentiam, hoje rio-me da ingenuidade total que as crianças tinham.
Antigamente... Eu pensava que as pessoas eram melhores, até eu próprio me tornar numa pessoa pior.
Antigamente... Adorava o país onde vivo, hoje em dia não odeio mas penso e fico deprimido.
Antigamente... Já ouvia e criava musica no pensamento e hoje em dia nisso contínuo igual a antigamente..."

Até à próxima, boa sorte.
JB

sábado, 15 de janeiro de 2011

O esquecer e lembrar e o enterrado vivo

Estava eu na conversa com a minha avó, senhora de idade mas com uma mente muito à frente, quando de repente surge um tema que me deixou a pensar. Nunca vos aconteceu estarem numa conversa e tal, de de repente querem-se lembrar de alguma coisa que não conseguem? Muita vez, correcto? Pois bem, nessas alturas costumamos dizer "ah e tal, depois lembro-me". O que é interessante, é que mais tarde, quando de facto me lembro, ainda não me lembrei do que queria lembrar. Difícil de perceber? Pois é, a mente humana tem destas coisas. Basicamente, lembramo-nos que queríamos lembrar alguma coisa mas ainda não nos lembrámos do que inicialmente queríamos lembrar. Ou serei eu que ando esquecido? Se calhar isto é de família.

Bem, mas para este post não ser só palha, falta a vaca (salvo o trocadilho e a metáfora, sem querer ferir susceptibilidades).



Se eu estivesse casado com esta senhora e me divorciasse dela, também me enterrava vivo... (ouviste, Ryan Reynolds?).



E por falar em Buried, vi esta malha no outro dia. Eu que tenho indícios de claustrofobia, logo eu, fui-me por a ver este filme. É capaz de ser o filme mais agonizante de sempre. Não há nada que saber, a premissa de Rodrigo Cortés e Chris Sparling é simples, um homem (Paul Conroy), é um contratado para trabalhar no Iraque. Após um ataque de um grupo de terroristas, vê-se enterrado vivo num caixão, apenas com um isqueiro e um telemóvel. É um suspense que conta a história de uma luta contra o tempo, o ar é pouco, o isqueiro está a ficar sem gás, areia continua a entrar no danificado caixão, uma cobra infiltra-se por uma fenda... e no final, apenas duas conclusões possíveis: ou vive ou morre. Quanto a isto não adianto mais, vejam o filme, não é uma obra prima mas vale pela originalidade.

JB