quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Considerações importantíssimas

…entretanto o canal Hollywood passou um filmezito engraçado, como habitualmente acontece, dia sim/dia sim ou dia sim/dia não. Iñárritu, em proveitosa parceria com o argumentista Arriaga, parceria recentemente extinta, assinava o seu segundo filme, depois de prometedora estreia com Amor Cão. Naomi Watts confirmava o seu talento e Del Toro reaparecia em grande, três anos passados sobre Traffic, e após o Oscar de Melhor Actor. Ambos seriam nomeados pelos desempenhos neste filme, Melhor Actriz e Melhor Actor Secundário, respectivamente. Sean Penn completava o trio, não sendo nomeado pelo seu papel simplesmente porque, desconfio, nesse ano ganhou o Oscar de Melhor Actor em Mystic River. Melissa Leo, com menor protagonismo, contribuiu com outra boa performance, juntando-se às três anteriores. How much does life weigh?

Mais áspera que o filme, duro e belo como diamante – dureza 10 na escala de Mohs, isto era divertido naquele tempo –, é a realidade. Algures por Lisboa uma senhora foi encontrada morta na sua habitação. E morta estava há 8 anos, na companhia do seu cão. Uma vizinha, meses após o desaparecimento, contactou a polícia. A casa entretanto foi a leilão, por dívidas, estranhamente sem que ninguém tivesse entrado nela, e, finalmente, os novos proprietários deram com a defunta. Bom, mortes há muitas. Esta porventura merece alguma reflexão.

Se mandasse nisto fomentava a produção, dinamizava a agricultura e as indústrias com o objectivo de uma nação auto-suficiente, o estado teria uma marca de roupa, de automóveis, de géneros alimentares, de tudo e mais alguma coisa, barata e acessível a todos, a cultura chegaria a todos, alguns canais teriam somente conteúdos educativos, científicos, artísticos, qualquer coisa que desse poder à populaça. Os vencimentos seriam pagos em barras de chocolate e horas extraordinárias seriam recompensadas com gomas… aquelas com feitio de minhoca ou ovo estrelado, ou coração amarelo e vermelho com açúcar, tubarões coloridos ou lábios, ou amoras pretas e vermelhas… que gomas tão deusas, vénia a esses pedaços de perdição… bom, já me perdi. Como não mando puto e parece que a única forma de intervenção social acontece de quatro em quatro anos, menos, vou decretar sumariamente: toda e qualquer entrada neste blog, da minha autoria, deverá ser concluída com uma imagem da Scarlett Johansson. Ou da Hendricks, ou de outra musa em ascensão; ficando contudo esclarecido que a primeira encontra-se num patamar superior, ponto. Ou de algo nostálgico, do género pastilhas gorila (continuam boas, sim) ou tulicreme, também é engraçado.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Talento ligou...

…disse que não vinha.

            Ao longo dos últimos anos a televisão portuguesa, à semelhança do Sporting, presenteou-nos com um generoso rol de banalidades e flops, para gáudio de muitos, surpreendentemente. Recentemente surgiu um novo entretenimento, após grande sucesso na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos da América, na Filipinas, na Indonésia, na Tailândia, no Panamá… chega-nos, semi-fresco, o Portugal tem Talento. O formato é interessante, não sendo inovador (Pop Idol, The X-Factor). As Got Talent Series convidam o cidadão ordinário a uma demonstração de extraordinários talentos, ou não, quem sabe à fama. Rampa de lançamento de personalidades como Leona Lewis, Paul Potts e Susan Boyle, em Portugal estes concursos de talento pariram a bem-aventurada Luciana Abreu, protagonista de variados êxitos como Floribella, Vestido Azul, Lucy e FHM, edição de Fevereiro de 2007. Nada mau, portanto.

            Infelizmente o programa nasceu torto e com a pata no charco, qual insignificante poça. Ao que parece, decidiram plagiar descaradamente a versão britânica, introduzindo-nos o tugaPotts. Grande coincidência!, a senhora que faz parte do júri desfez-se em baba e ranho… onde raio vi isto? Ah, pois, no Youtube.




            Um trio de avaliadores bizarro, em que uma jornalista e um comediante acompanham a única pessoa com significativos conhecimentos e vivências artísticas.

            A plateia que assiste às actuações comporta-se de modo histérico, lembrando vagamente uma aglomeração de furiosos babuínos esfomeados, ou drogados, ou mesmo uma sala de teatro transformada em ala de hospital psiquiátrico, acefalia monoforme colectiva, diria sem grande demora o doutor Hibbert, gargalhando. It’s lupus, diria House, como sempre.

            Tudo poderia ser esquecido, com muito boa vontade e paciência de monge tibetano, caso assistíssemos a boas actuações, claro, afinal, é esse o propósito do programa. Não, a maior parte do episódio é preenchido por flops, pagos pela própria produção do programa, quer-me parecer. Se assistirmos just for the lulz, e com alguns ácidos debaixo da língua, a coisa ainda passa…

            De qualquer das formas, regressa Luciana, estás perdoada. Com pouca roupa, de preferência.

E a Superbowl XLV vai para...

Os Green Bay Packers!


Parabéns a esta grande equipa e que grande jogo que foi.
Parabéns também aos Steelers por nunca terem desistido.

O MVP é sem dúvida o QB dos Packers, Aaron Rodgers, que disputou a sua primeira Superbowl a substituir o lendário Brett Favre, não acusou a pressão e carregou os verdes às costas!

Grande espectáculo musical com as performances de Leah Michelle, Christina Aguilera, Black Eyed Peas e Usher.


Aqui está ele, com a dorsal 12, o Quarterback Aaron Rodgers.

Go Packers!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Liedson - O adeus de um campeão

Liedson, 311 jogos, 171 golos. Um exemplo de garra, um exemplo de luta e esforço em torno de um objectivo, a vitória. Um dos melhores jogadores que vi no Sporting e o grande goleador do século na Liga. A sua perda faz surgir sentimentos contraditórios nos adeptos sportinguistas. Uns afirmam que já vai tarde e que já era velho. Outros afirmam que a picardia com o Sá Pinto foi a gota de água. Ainda outros, tal como eu, ficámos tristes. Liedson é muito mais do que um jogador, tornou-se num símbolo do Sporting, tornou-se numa das garras do leão, quando nunca desistia de um lance, quando marcou todos aqueles golos aos vermelhos. A sua saída entristece-me, não apenas pela sua capacidade goleadora, o seu estilo combativo e a sua maneira de aparecer no sítio certo à hora certa. Liedson era um dos poucos que dava tudo por tudo, que honrava o seu trabalho, que suava a camisola, e espírito como este não abunda pelo Sporting hoje em dia. Agradeço ao Levezinho em nome dos sportinguistas todos estes anos e desejo-lhe a maior das sortes. Serás sempre um campeão, mesmo sem o teres sido de leão ao peito. Não apenas o Sporting fica mais pobre, o futebol português também fica.